sexta-feira, 24 de maio de 2013

Comentário ao Teste Intermédio de Matemática A, 12º Ano de 24/05/2013

Considero que o teste é adequado, quer no que respeita à consonância com o programa de Matemática em vigor, quer em termos da dificuldade dos itens e das suas tipologias.
As aprendizagens matemáticas que se testam enquadram-se nos conteúdos do programa e, mais importante, nas suas indicações.
Neste teste predominaram os itens de dificuldade média. Tal representa, em minha opinião, um indicador positivo quanto à qualidade do teste.
A tipologia de alguns itens é semelhante à de itens saídos em testes intermédios ou exames de anos lectivos anteriores. Isso significa que não se quis agora romper abruptamente com o passado, isto é, teve-se em atenção os suportes que serviram de base à preparação dos alunos.
Em resumo, um teste muito mais equilibrado que o de Fevereiro passado, em que se atendeu ao programa em vigor, à realidade dos nossos estudantes e ao modo como a disciplina é leccionada.

Faltam agora conhecer os critérios específicos de avaliação de cada item.
Serão eles que em algumas questões vão definir verdadeiramente o seu grau de exigência.
Refiro alguns exemplos:
Item 1.1. - Como vai o critério garantir que a calculadora não foi usada para calcular i^6 ou i^7?
Itens 4.1 e 4.2. - Estarão os passos relativos às determinações dos limites notáveis devidamente especificados?
Item 5. - Qual o grau de especificidade que se exige na verificação da continuidade da função g e na determinação dos sinais desta função nos extremos do intervalo?

Finalmente, uma dúvida se coloca (mais uma vez): em que moldes terá sido construído o exame que está aí à porta, nos do teste intermédio de hoje ou nos do de Fevereiro?

sábado, 11 de maio de 2013

Uma ajuda para o exame de Matemática: a regra de Cauchy

Tal como prevêem os critérios de classificação, nos exames de Matemática A, "é aceite e classificado qualquer processo de resolução cientificamente correcto".
Vem isto a propósito da discussão sobre o grau de dificuldade dos limites que apareceram no último teste intermédio de Matemática A do 12º Ano. Existem duas regras que simplificam bastante o levantamento de indeterminações no cálculo de alguns limites de funções, as regras de l´Hôpital e de Cauchy. Apesar de estas regras só se poderem aplicar quando algumas condições estão satisfeitas, tais condições estão quase sempre cumpridas nos limites que surgem neste nível de escolaridade.
Fica aqui um link para a regra de Cauchy, a mais aplicável das duas. Para além do enunciado da regra, o link apresenta vários exemplos de aplicação. Se usarem a regra em exame devem referir tal utilização.

Fica também um exemplo de aplicação:
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Nº de alunos / Nº de docentes

Caro Dr. Marques Mendes, por favor actualize as suas estatísticas:

Alunos matriculados no ensino público
Fonte: PORDATA

Comparando 1980 com 2011:


Conclusão 1: o número de alunos no ensino público diminuiu cerca de 4%.

Docentes em exercício nos ensinos pré-escolar, básico e secundário público
Fontes:  PORDATA (anos 1980, 1990 e 2000). GEPE (anos 2010 e 2011)

Comparando 1980 com 2011:


Conclusão 2: o número de docentes aumentou cerca de 47%.

OBS: Já não tenho paciência nem motivação para lhe explicar as razões ou os significados destes dois parâmetros.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O verdadeiro alvo das palavras do Presidente

"Reafirmo a minha profunda convicção de que Portugal não está em condições de juntar uma grave crise política à crise económica e social em que está mergulhado".
Estas palavras de Cavaco Silva, no seu discurso do passado 25 de Abril, foram interpretadas por muitos como um sério aviso a Seguro para que este resfriasse os seus ânimos quanto à perspectiva, imediata, de haver eleições. E, na realidade, foi este um dos objectivos do Presidente.
Ontem percebemos, no entanto, que as palavras de Cavaco (que, às vezes, só muito mais tarde se compreendem) tinham um duplo destinatário. Mais do que a Seguro, Cavaco estava a falar a Portas. Tal como na TSU, Cavaco tudo fará para que Portas continue amarrado ao Governo.
Conseguirá segurá-lo em 2014, logo após o avião, que levará os homens da troika embora, ter descolado da Portela?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

30000

2^4×3×5^4 (decomposição em factores primos)
111010100110000 (base 2)
13110300 (base 4)
72460 (base 8)
7530 (base 16)

Como é bom pensar nos números só como números!

Mais do mesmo

Demorou, mas hoje vamos finalmente conhecer a resposta do Governo aos chumbos do Tribunal Constitucional. Da outra vez reagiram a quente. Desta prepararam a coisa com tempo. Vai doer (ainda) mais. Mas, como é óbvio, vai doer aos mesmos.
Já se torna aborrecido o homem aparecer na televisão para dizer sempre a mesma coisa. É fácil adivinhar a receita, que é sempre a mesma e se resume a três medidas de "redução da despesa" (sim, a despesa somos nós como já aqui o referi várias vezes): mais desempregotrabalhar mais por menos dinheiro (para os que ainda têm trabalho) e tirar (o termo adequado talvez fosse roubar) mais ao pouco que ainda vamos recebendo. Relativamente a esta última, reconheça-se a criatividade que têm ao conseguirem arranjar sempre mais um sítio onde nos podem tirar mais algum!
Pelo meio, ganha-se mais uma batalha na "guerra santa" de extermínio da função pública, com os professores à cabeça. Arruma-se já com umas dezenas de milhares e prepara-se o pontapé para outros tantos (que será dado daqui a não muito tempo, quando nova avaliação/revisão do programa de ajustamento assim o exigir). E prepara-se uma "oportunidade de negócio" para os "grandes promotores do crescimento", a iniciativa privada! No caso da Educação, não vai tardar muito a aparecerem como grandes "parceiros" do Estado no garante da instrução do seu povo. Grandes também no dinheiro que se lhes vai pagar pelo "favor" de fazerem isso.

Quanto aos agiotas que nos cobram o que não temos, quanto às PPP's, aos BPN's, aos BANIF's e a outros do género, só há uma resposta: temos que cumprir os nossos compromissos (nossos uma ova, mas enfim).

O Zé Povo, esse, tem o que merece: pagar e não bofar.