terça-feira, 21 de julho de 2009

Qual é o espanto?

"Escola de Vila Nova de Anha passou um aluno com nove negativas e garante que foi a melhor solução".

Não percebo qual é o espanto.

Desde 2005 que o procedimento é usual!!!

É assim que o sucesso PS acontece.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

EN Matemática 2009 – 2ª Fase. Disparidade(s)!

Uma das coisas que sempre me incomodou foi a falta de coerência. Por isso não entendo como pode, no mesmo ano lectivo e no espaço inferior a um mês, o grau de dificuldade variar tanto da prova da 1ª Fase para a 2ª.


A SPM diz que o grau de dificuldade do exame de Matemática A da 2ª fase “é mais apropriado à exigência que deveria existir neste grau de escolaridade”. Concordo!
O que não aceito é a falta de coerência, em termos de grau de dificuldade, entre as duas provas.


Prevejo descida da média.
Vai confirmar-se que, afinal, esta coisa do sucesso ou do insucesso depende apenas de uma variável: o grau de dificuldade dos exames!

Duas notas sobre a prova:


Na prova da 1ª Fase (Item 5.1.), bastava referir a continuidade da função no intervalo fechado (ou no domínio) para se obterem os 3 pontos da etapa.
Na prova da 2ª Fase (Item 6.1.), referir que se trata de uma diferença (ou de um quociente) de funções contínuas não chega para se terem os mesmos 3 pontos.
Não entendo!


Relativamente ao Item 3., acho que poucos alunos se lembraram da propriedade referida nos critérios de correcção, mas posso estar enganado.


Prefiro abordar a questão como a SPM, embora procedendo de outra maneira (equivalente) a dada altura da resolução (continuando a demonstração a partir do *):


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sobre os resultados dos exames de Matemática do 9º Ano


“A estabilidade e consolidação correspondem também, além do facto mencionado de a maioria dos alunos ter tido nota positiva, à atmosfera de tranquilidade que realizou os exames, bem como ao equilíbrio das provas, adaptadas à idade e ao currículo.”
In página do GAVE -
(estava assim escrito em 13/7/2009, pelas 23h15m!)


Segundo Arsélio Martins (Presidente da APM), a prova era equilibrada e estava de acordo com os programas e informações publicadas. “Não era menos exigente do que nos anos anteriores. Tinha algumas coisas que exigiam alguma interpretação de gráficos, tabelas e linguagem escrita”, defendeu.
In Jornal Público


“Após análise ao Exame do 9º ano hoje efectuado, a SPM verifica que o nível geral da prova é de novo demasiado elementar. O exame destina-se a alunos no final da escolaridade obrigatória. Após nove anos de ensino de matemática exigir-se-ia um maior grau de dificuldade.”
(…)
“A facilitar ainda os cálculos, que são triviais na posse da calculadora permitida nesta prova, fornece-se a soma (1413) — é uma questão do 6.º ano de escolaridade.”
(…)
“Em quase todas as perguntas, os conceitos são testados com exemplos demasiado elementares.”
(…)
“O que é prejudicial é que um número exagerado de perguntas corresponda a tópicos que deveriam estar sabidos anos antes e que todas ou quase todas as perguntas tenham um grau de dificuldade muito baixo.”
“Grande parte da matéria essencial do 9.º ano de escolaridade não foi coberta por esta prova.”
(…)
“Tanto professores como alunos que se empenharam durante estes anos lectivos sentem-se desacompanhados e desapoiados com esta prova. O que exames deste tipo transmitem é a ideia de que não vale a pena estudar mais do que as partes triviais das matérias. Tanto os jovens que prosseguem os seus estudos no Secundário como os que terminam aqui a sua escolaridade não podem concluir estar bem preparados pelo facto de conseguirem um resultado satisfatório neste exame.”
Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre o Exame Nacional do 3º ciclo do Ensino Básico

Três comentários:

1º) O Ministério considera que as provas estão adaptadas à idade dos alunos.
Já agora, se os alunos forem mais velhos fazemos provas mais difíceis? Não é isso que se passa no 12º!
É claro que medir a dificuldade apenas pela idade não tem qualquer sentido.
Eu acho que a preocupação deveria ser a de adaptar as provas aos conhecimentos que o País precisa que alunos com esta faixa etária tenham.

2º) O Dr. Arsélio Martins regozija-se pelo facto de a prova ter coisas que exigem “alguma interpretação”.
Esta afirmação é tão fantástica que comenta-se a si própria.
Ainda bem que tem “alguma”, Dr. Arsénio, porque ao ritmo que isto vai não tardará que a interpretação, também ela, desapareça por completo!

3º) Do ano passado para este ano os resultados melhoraram.
Gostava que o Ministério explicasse agora como aplica aqui no 9º ano aquela teoria (que aplicou ao 12º) da culpa ser da comunicação social!

domingo, 12 de julho de 2009

Ideias para recuperar a Escola Pública – Introdução

Começo hoje a publicação de alguns “posts” em que passo a escrito reflexões individuais que, acredito, podem ajudar a devolver à Escola Pública a dignidade que merece e se exige.

Algumas destas ideias traduzem uma linha de pensamento que fui expressando em publicações que realizei no CartasAoPortador (blog que parece estar a fazer uma espécie de período sabático). Num dos “posts” sobre este tema que lá coloquei – “Machadada Final?” – anunciei o “bater no fundo” da Escola Pública. Estávamos no pleno esplendor do “socratismo”, em que o autismo e a arrogância se sobrepunham a tudo e a todos e o sucesso a qualquer custo ditava a sua lei!

Felizmente, o tempo destes protagonistas está a acabar. Infelizmente, os efeitos das suas acções fazem-se, dolorosamente, sentir no presente e prometem levar muito tempo a minimizar-se.

É por isto que este é o tempo certo para reflectir sobre a Escola Pública. Faço-o na (verde) esperança de que quem aí venha se preocupe menos com politiquice e mais com a educação das crianças e jovens portugueses!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Imbecilidades

  1. Pagar 94 Milhões por um homem.
  2. Acreditar que alguma entidade possa dispor de mais de 200 Milhões de euros em tão curto espaço de tempo.
  3. 90 mil pessoas num estádio de futebol para verem um homem vestir um novo traje.
  4. Transmitir, em directo, esse acontecimento.
  5. Dedicar várias horas de emissão televisiva ao mesmo.
  6. Assistir, em casa, a tal evento.
  7. Perguntar a homossexuais o que acham desse homem.
  8. Fazer disso um registo noticioso.
  9. Ter que escrever os 8 itens anteriores.