quarta-feira, 6 de março de 2013

Comentário ao Teste Intermédio de Matemática A, 11º Ano de 06/03/2013


  1. Face do número de questões presentes e à exigência de algumas delas, uma hora e meia parece-me um tempo curto para os alunos resolverem o teste.
  2. Relativamente ao nível de exigência das questões, considero que o teste se pode dividir em duas partes: até à questão 2.1. e depois desta questão (embora a 3ª questão do Grupo I também se possa incluir na 2º destas partes).
  3. Até à questão 2.1., as questões apresentam um nível de dificuldade que considero apropriado. Não sendo "ridiculamente" fáceis como noutros tempos, parecem-se estar mais ou menos bem enquadradas no "espírito" das indicações metodológicas do programa (se é que estas indicações ainda valem alguma coisa!). Tal não significa porém que a maioria dos alunos as consigam resolver. Mas isso estará relacionado, talvez, com a obrigatoriedade da escolaridade obrigatória, com a experiência passada e com a exteeeeeeeeeeeeeeeeeensão do programa que é preciso cumprir. Coisas que só os professores é que acham relevantes para o assunto!
  4. De qualquer forma, sobre esta primeira parte de questões que no seu conjunto valiam 130 pontos, deixo duas observações. Na questão 2.1.3. solicita-se, directamente, um conteúdo abordado no 10º ano. Com tantos temas de 11º a serem tratados, havia necessidade de ir buscar um de 10º? A sorte terá sido, talvez, que a fórmula da superfície esférica ainda não tinha sido apagada da memória da calculadora gráfica desde o ano passado. Na questão 1.2.2., o enunciado poderia ter sido elaborado de outra forma de modo a possibilitar a quem faz erradamente a expressão da função composta (ou a quem a não sabe fazer) resolver o resto do exercício.
  5. A partir da questão 2.2. (inclusive) o grau de dificuldade aumenta. Deve dizer-se, em abono da verdade, e ao contrário do que aconteceu com o último TI do 12º, o aumento do grau de dificuldade se faz com alguma consistência. Na realidade, no TI do 12º, grande parte da dificuldade resultou da reminiscência de exercícios que caíram em "desuso", nomeadamente, os limites solicitados ou a equação com factoriais. Isto é, temas que, em face das indicações metodológicas do programa, deixaram de ser uma preocupação dos professores. Neste TI do 11º não é nisso que o aumento de dificuldade se baseia. Apresentam-se exercícios que exigem um maior grau de consolidação das matérias, em paralelo com a existência de bons níveis de abstracção e de estruturação das resoluções. Ou seja, não se pode dizer que eles estão desadequados ao programa. Por exemplo, o 3.1. é até bastante parecido a um exercício do TI de 11º de Fevereiro de 2012.
  6. No entanto, e apesar do que foi escrito, em minha opinião permanece o problema central. Estando este TI de 11º mais ajustado ao programa, tal não invalida que esteja adequado à realidade dos conhecimentos matemáticos da maioria dos alunos que o fizeram. Volta a verificar-se aqui a pressa da tutela em fazer coisa difíceis, exigentes. Ainda por cima em tempos em que à escola pública foram tirados os poucos recursos de que dispunha para concorrer com o privado. O que interessou foi ocupar os professores com horas lectivas. Faltam horas para apoios, metem-se mais alunos na mesma sala e, a todo o custo, aumente-se a exigência!
  7. Já se torna rotineiro acabar estes comentários da mesma forma, mas esta é a realidade. A pressa é inimiga da perfeição!

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