quinta-feira, 10 de maio de 2012

Teste Intermédio de Matemática, 9º Ano: do 8 ao 80

Já por diversas vezes manifestei neste blog a minha revolta quanto ao grau de facilitismo que os ensinos básico e secundário atingiram nos últimos anos, particularmente, naqueles em que fomos governados pelo Sr. Sócrates.
Critiquei, em especial, o que se passou com a avaliação na Matemática, com exames e testes intermédios ridiculamente fáceis.
Não retiro uma vírgula ao que disse e escrevi. Mas é por isso que é penoso para mim escrever as linhas seguintes. Sinto imenso desconforto ao ter de escrever, agora, uma crítica àquilo que considero ser o inadequadamente difícil.
Em termos simples, passou-se do 8 para o 80. No espaço de um ano, o grau de exigência ultrapassou tudo o que era expectável.
Vem isto a propósito dos testes intermédios do ensino básico do presente ano lectivo e, em especial, daquele que hoje se realizou, o do 9º Ano de Matemática.
Aquela informação do Gabinete da Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, de Fevereiro do presente ano, que alertava para o aumento da dificuldade nas provas elaboradas pelo GAVE, apesar de ridícula, clarificava a mudança de paradigma que, admita-se, era urgente.
No que respeita à Matemática, o teste intermédio de 8º Ano evidenciou essa mudança. Deixou de ter questões ridiculamente fáceis e era equilibrado, quer no que respeita ao grau de dificuldade, quer no que respeita à congruência com os objectivos exarados nos programas.
Curiosamente e para minha surpresa, não notei grandes alterações de estrutura e dificuldade nos testes intermédios de Matemática A do secundário até agora realizados, neste ano lectivo. A ver vamos o que acontecerá no exame nacional de 12º.
Chegou-me aos ouvidos que noutras disciplinas, no entanto, o grau de dificuldade teria aumentado bastante. Refiro, por exemplo a Físico-Química. Como não conheço as matérias, não posso opinar sobre o assunto.
Hoje, ao ver o teste intermédio de Matemática do 9º Ano, fiquei incomodado! O teste não era difícil, era muito difícil!
E porquê?
Por várias razões.
1ª) O teste foi realizado por alunos que durante todo o seu percurso escolar (não por culpa própria, mas por imposição do sistema educativo) conviveram com o facilitismo. Não se pode mudar abruptamente o grau de exigência. Será interessante comparar as médias que estes alunos terão neste teste com as que tiveram no teste intermédio de 8º Ano que realizaram no ano passado. Perceber-se-á então o quanto a alteração no grau de dificuldade foi abrupta.
2º) A tipologia da maioria das questões foi diferente daquela que esteve presente nos testes intermédios e nos exames dos anos anteriores. Quem se preparou com base nesses testes ou nos cadernos de exercícios que algumas editoras publicaram viu que apostou no cavalo errado. Alguns exercícios deste teste têm “um cheirinho” dos exercícios que o GAVE publicou em 2009/10 para o 10º Ano, “Séries de problemas de Matemática A – 10º Ano”, e que, apesar de interessantes e adequados a um país de alunos brilhantes a Matemática, se revelam desadequados ao que é o país real da aprendizagem da Matemática em Portugal.
3ª) Apesar de este Ministério ter abolido as competências, a grande maioria das questões do teste apelava à “predisposição para raciocinar matematicamente, isto é, para explorar situações problemáticas” e à “predisposição para procurar entender a estrutura de um problema e a aptidão para desenvolver processos de resolução”, isto é, a competências. Ou seja, poucos eram os itens em que os conceitos ou os procedimentos matemáticos foram testados de uma forma directa. Em alguns exercícios até, os dados iniciais pareciam não estar lá, a sua descoberta era, em si mesma, um problema de raciocínio matemático. Noutros, os vários conteúdos estavam misturados no mesmo problema. Assim, a matéria que os alunos estudaram apareceu, em grande parte dos exercícios do teste, no âmbito da resolução de uma determinada situação ou problema. Ora, sabemos que a resolução de problemas é, talvez, o parâmetro onde os alunos revelam mais dificuldade e que, digamos assim, está num patamar superior em termos de aprendizagem. Ninguém pode discutir que a resolução de problemas é um dos aspectos importantes a testar num teste. O que não se admite é que a grande maioria das questões se baseie nesta competência.
4º) Há no teste questões verdadeiramente inesperadas para este nível de escolaridade:
  • Item 1.3. – Um problema de utilização da regra de Laplace em experiências compostas. Ao consultar os objectivos específicos dos programas de Matemática do Ensino Básico não encontro lá onde encaixar este problema. Tenho que consultar o programa de Matemática A do 12º Ano para o conseguir.
  • Item 4. – Talvez seja melhor começar a treinar os alunos na resolução de problemas das Olímpiadas de Matemática da SPM pois o problema proposto parece ter sido inspirado nesse tipo de questões.
  • Item 6. – Não se pode afirmar que as duas primeiras questões deste item estejam desadequadas ao programa. No entanto, elas são questões de Geometria Analítica, matéria que será tratada com profundidade nos 10º e 11º anos de escolaridade. Quem é professor de Matemática conhece bem as dificuldades dos alunos do secundário neste tema. Terá sido esta a melhor forma de testar conhecimentos da função afim neste nível de escolaridade?
  • Relativamente à terceira questão deste item 6, também ela uma questão de Geometria Analítica, voltei a procurar nos programas de Matemática do Ensino Básico se a resolução geométrica de sistemas estava lá. Voltei a não encontrar. Talvez tenha sido por isso que muitos alunos não tenham percebido que o objectivo era resolver (pelo método de substituição) o sistema formado pelas duas equações das rectas dadas no enunciado.
  • Itens 6 e 7 – Ambos exigem que o aluno tenha o seguinte conhecimento: o significado de ser ponto do gráfico de uma função (que a abcissa é o objecto e a ordenada a imagem desse objecto pela função). Concorda-se que este conhecimento deve ser testado num teste deste tipo. Agora fazê-lo quatro vezes (6.1.; 6.2., 7.1. e 7.2.), não só é uma repetição como invalida que quem o desconhece possa mostrar conhecimento nas outras vertentes destas questões.
Tal como anteriormente referi, foi com muito desconforto que acabei de escrever estas linhas. Mas fico revoltado quando a avaliação é incongruente com o processo de ensino/aprendizagem. Disse-o quando se promovia a incompetência e o laxismo. Digo-o quando não há equilíbrio na mudança.
Incomoda-me que a avaliação sumativa continue ao sabor das marés.

107 comentários:

mv disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria disse...

Ainda hoje fiz o teste, e espero menos de 20% e ainda por cima tive 4 a Matemática anteriormente

Lino Formas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André Cavalheiro disse...

Concordo plenamente consigo! Hoje fiz o teste e é dificil-mo para alem de não ter nada a ver com os anteriores, era uma dificuldade que nem os melhores alunos estavam prontos penso eu. Tive 97% no ano passado, e também admito que o teste era demasiado facil sendo que sou aluno de 80s, mas este TI passou dos limites! Espero um 40, e não e orgulho de dizer que será a minha 1º nega!

Anónimo disse...

Tenho 5 a tudo. Todos os anos ganho o prémio de melhor aluno do meu ano.
Tirei negativa no TI de FQ e espero tirar no de matemática.

Anónimo disse...

É rídiculo como nos fazem de palhaços no circo, usam e abusam de nós alunos... É tudo muito bonito o facto de poderem dizer que fazem isto e aquilo no ensino, esquecem-se qe nos prejudicam. No 3º perído ? É inacreditável, vão baixar inúmeras notas, muitos 5 irão passar para 4, muitos 4 para 3 e muitos 3 para 2. E a qem nos queixamos ?
Qerem qe o país evolua ? Assim não vão longee ... Sabendo que o 3º período é o mais peqeno, chegamos a ter 3 e 4 testes por semana, mais o stress dos intermédios e põem-nos à prova desta maneira ? Está tudo menos correcto ! Rídiculo ...

Anónimo disse...

Boas!
Vinha mesmo à procura dum post como este.
Concordo plenamente com o que aqui se disse.
Mas já agora, é de mim, ou a proposta de resolução/solução do GAVE à questão 4 está errada?
E tmb não percebo pq na questão 1.1, dão como opção correcta (C) e não (B) (versão 1)

Agradecido desde já.

Anónimo disse...

Atenção: Sugiro a todos que vejam a solução proposta pelo GAVE para a questão 10 (versão 2).

Lino Formas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lino Formas disse...

A resposta C) e a correta da questao 1.1 na versao 1, porque:
sabendo que a probabilidade de o aluno escolhido ter 15 e 67%, ou 0,67, a unica coisa que tem de se fazer e descubrir um intervalo de numeros onde este numero esteja incluido, nao poderia ser a a) porque o numero e maior que 1/4 nao pode ser a b) porque o numero e maior que 1/2 e nao pode ser o d) porque o numero e menor que 3/4, logo a resposta C) era a correta

Célia disse...

Sou professora de Matemática e não partilho da opinião relativamente ao grau de dificuldade, na minha opinião até tinha questões demasiado fáceis.
Quanto à correcção do GAVE na 1ª questão da versão é óbvio que está certa, 67%=0,67 em qual dos intervalos está este número?
A forma como interrelacionaram as questões e matéria é que foi diferente, mas já era de esperar já tinha acontecido no TI de 8º ano.
O que me choca mais é que em muitas escolas, apesar da matriz do TI ser conhecida, os conteúdos não foram todos leccionadas, e em algumas até se deu os conteúdos que não saiam.
Penso que com calma deve reler a prova e tentar fazê-la!!!!

Anónimo disse...

Já vi!!
LOL, muito bom!!
Se assim fosse, era a área dum retângulo!!
Que nabos!!
Para além disso, o desenho estaria estruturalmente mal elaborado, induzindo os alunos em erro, já que, pela figura, é visível que o comprimento de [AC] é superior ao comprimento de [BC], este último de 8cm.
Logo [AC] NUNCA poderá ter 5cm, como vem na proposta do GAVE...
[o valor correto é 10cm, penso eu de que..]

Lino Formas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lino Formas disse...

Sr Professora Celia, ate pode achar que o teste tem a dificuldade apropriada para alunos de 9 ano, que tenham a devida preparacao, porque o que este senhor disse aqui no blog e verdade, o ministerio da educacao nunca exigiu tanto de nos alunos, e dum momento para o outro espera que saibamos aquilo que nao nos foi ensinado, nao culpo os professores individualmente como e obvio, porque tambem nao lhes foi exigido que "puxassem" tanto por nos! Mas tambem nao foi facil, porque se fosse facil nao havia a quantidade de negativas que ha, falo baseando-me naquilo que falei com os meus colegas apos o teste, de todas as pessoas com quem falei, ninguem esta a espera de positiva!

Anónimo disse...

Não consta do programa do 3º ciclo a resolução gráfica de sistemas de equações???? Estranho... pois consta nos manuais... Por exemplo pág.116 manual matemática em ação 9 parte 1...

Na minha opinião o grau de dificuldade não é elevado... Os teste dos anos anteriores é que foram demasiado fáceis...

Anónimo disse...

Sou professora de Físico-Química e não podia estar mais de acordo com este artigo. Também eu sempre fui contra o facilitismo, mas não posso concordar quando os alunos, muitos deles bons alunos e "vítimas" desse facilitismo se vêem repentinamente confrontados com um teste para o qual nunca foram preparados. Também eu, que ando a preparar as Olimpíadas comentei com uma colega de matemática: essa questão era boa para as Olimpíadas!
Do 8 para o 80... e depois?
As estatísticas? Porque, no final, essas é que contam! Depois determinam que temos que aumentar o sucesso dos alunos e... voltamos ao 8... ou ao 4!

Mário disse...

ARGUMENTAÇÃO

TESTE VERSÃO 1:


Questão1-
Ensinaram-me, quando fiz estágio para professor, que a pergunta deve estar próxima do enunciado. Não foi isso que se passou nesta pergunta pois estava próxima da tabela turma (B) e isso poderia ter levado um aluno menos atento a responder com os elementos desta tabela, quando o que se pedia eram relativos ao diagrama circular A.


Questão 1-

Até este momento, muitas escolas ainda não iniciaram o estudo das inequações para compreender o significado de chaveta, aberta ou fechada ,para responder a uma simples questão, sobre uma simples probabilidade que se complicou com a introdução de dois valores , inseridos em chaveta aberta em ambos os lados, quando a quase totalidade dos alunos estudaram as respostas simples.

Questão 4-

Existe um termo desta sequência que tem um número total de círculos igual à soma dos cem primeiros números naturais

Levou a que muitos alunos tivesses feitos as contas à soma dos 100 primeiros números = 5050, quando isso não tens importância nem utilidade nenhuma, pois o que queriam perguntar era qual a totalidade de bolas pretas no term0 100

Ou seja , aditaram uma casca de bana sem utilidade, num manifesto acto antipedagógico de armar ratoeiras , como se isso fosse algum acto pedagógico, quando não passa de métodos que eu pensava não existirem em pessoas científicas

Mário disse...

Argumentação #2

Questão 9

O pedido
"Qual é o volume, em cm3, do sólido que se obtém depois de
retirada a pirâmide ao prisma?"

O que lá está escrito, neste pedido , no fundo, é quanto volume é que ganhou
o prisma quandrangular , depois d e ter saído de lá de dentro a pirâmide quadrangular. Pela lógica, o prisma quadrangular teria ganho volume!
Mas não é isso que surge como solução do problema, mas sim a perda de volume, do prisma quadrangular.

Pode haver outra explicação que não esteja a ver.....
No entanto a lógica da narrativa é esta!

Questão 10

Está inteligentemente bem feita, mas que me conste 2 triângulos semelhantes, são apresentados, na maior parte das vezes em separados.
A pista para a sua resolução foi fornecida, pois concerteza...
mas a sua sobreposição, mais a inversão do ângulo recto, tem cheirinhos de complicar, com casca de banana para dar ares de rigor e de combate ao facilitismo.

Atitudes deste género são algo provincianas e claramente antipedagógicas.

Mário disse...

Há algum desfasamento entre este teste, a maioria dos manuais e a maioria dos momentos pedagógicos passados na sala de aula.
Pensei e receava, ( uma certa fama que N.C. promovia) que este teste fosse mais apelativo à memorização e para isso os actos repetidos, em vários locais onde se realiza a aprendizagem dos alunos encaixariam muito bem.

Mas reparei que há muitas questões para as quais os alunos não foram preparados ao longo dos anos . Neste teste tiveram de de procurar elementos, inferindo-os para resolverem conteúdos ,perfeitamente ao seu alcance, mas de uma forma objectiva.

Por um lado fico contente pelo novo perfil de testes, mas para isso é preciso que os alunos, nestes últimos anos de matemática, tivessem tido um ensino mais provocador e menos sebenteiro.
Não é em 5 meses que se alteram tradições de aprendizagem.


Fico zangado, porque o meu menino esbarrou-se, mais do que o habitual, e porque penso que a média nacional vai ficar entre os 25 e os 35%, com este teste...a ver vamos.

Mário disse...

Em resumo Sr. Dr. Nuno Crato:

Em resumo Sr. Dr. Nuno Crato:

Apreciei o seu teste intermédio de matemática.
Para que conste ele tem várias questões de aplicação de competências....e tão mal falou disso, o senhor ministro!
É disso que se trata quando se falava e se fala do ensino por competências:

Saber aplicar conceitos , em abstracto, a novas situações concretas ou abstractas .

O sentido da "coisa"parece-me correcto...mas falta alterar :

--- manuais

--- dinâmicas na sala de aula

--- retroceder ao 1º ciclo, para um ensino para inferir do que para memorizar...

excecpto naa cantilena da tabuada!

Tenha um bom dia

Anónimo disse...

Boa tarde,

O que estão a fazer aos alunos do 9º ano é CRIME!!

Os miudos andam estourados e no fim não conseguem resultados, por culpa de um Sistema Inadequado, descontextualizado e INEFICIENTE, para não ir mais além!!.. ...
Que tenhamos maus Governantes ja sabia...mas TÃO MAUS ... desconhecia!!
O MINISTERIO DE EDUCAÇÃO É RESPONSAVEL POR UM DESTES DIAS TERMOS MIUDOS DE TENRA IDADE EM PSIQUIATRAS!!! ISTO É CRIME!! CRIMINOSOS!! Sou uma Encarregada de Educação que não quero facilitismos para os meus educandos.. quero que estejam preparados para a Vida... Mas que consigam vir a ter uma Vida!!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Cláudia disse...

Não podia estar mais de acordo com a Célia!!

Rui Silva disse...

Bom dia,

Concordo em absoluto com o seu post. Partilho o desconforto.

Tenho uma filha com 14 anos no 9º ano que fez ontem essa prova e teve de ouvir da professora que havia um problema que ela também não sabia resolver! Sem comentários!

Eu sou professor universitário na área de engenharia e a minha opinião é esta é uma má prova, principalmente, porque maldosa. Qualquer bom professor sabe fazer uma má(ldosa) prova se tiver essa intenção. Subtilmente, sob a capa do acessível, nenhum aluno passa na prova.

A leitura que eu faço aqui é directa. Vamos usar estes jovens para fazer acção política contra o partido do anterior governo. Xiii... estão a ver o estado em que isto estava antes de nós chegarmos? Pois é, temos de deitar tudo abaixo e fazer de novo à nossa maneira. Limpinho!

imartins disse...

Concordo plenamente com tudo , no entanto como encarregada de educação sinto-me impotente , visto que este governo não quer mais licenciados , por isso este grau de dificuldades nos teste.

Anónimo disse...

Espero um 20% acho que nunca me senti tão mal num teste. O que esperar do Exame Nacional ? LOL

imartins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Caro mesjag
Obrigado pela sua análise objectiva e fundamentada!
Cara Profª Célia
Creio que, provavelmente, os resultados se encarregarão de confirmar ou infirmar a dificuldade do teste. Ou quando diz que o teste era fácil está-se a referir à sua capacidade para o resolver?
Caro Rui Silva
A sua leitura tem tanto de tentadora como de óbvia! Estaremos cá para ver a progressão maravilhosa das crianças ao longo desta legislatura.
Difíceis tempos (económicos, sociais, educativos) se avizinham com tanta falta de razoabilidade.

Célia disse...

Boa tarde,

Peço desculpa por voltar ao assunto, mas o Sr. Rui Silva não me deixa alternativa. A culpa, como é óbvio, não é só dos alunos, como podem professores preparar alunos quando eles afirmam não saber???!!!!
O que se passa é não só o facilitismo e a má preparação de quem está a leccionar, pois para leccionar é preciso uma profissionalização e quem não a tem não pode, o que acontece é que estas pessoas muitas das vezes tem deficiente formação técnica e cientifica e depois quem não sabe não é obrigado a ensinar....
São as leis dos nossos políticos, estes e os outros....
Quantos aos conteúdos estavam na matriz, que foi disponibilizada a tempo de tudo ser leccionado!!! Aqui a culpa não é dos alunos nem devem ser prejudicados por isso!!!

Anónimo disse...

Concordo e discordo...

Anónimo disse...

Concordo e discordo. Claro que não se pode passar de 8 para 80 (e foi o que acontceu), mas todas as matérias que estão no teste foram me ensinadas, tinha era que se aplicá-las duma maneira diferente.

Era um teste de raciocinio matemático e não tanto de aplicação do que efitivamente conheçes da matéria (é por isso que se vêem muitos marrões a terem más notas).

Tirei 95 ou 100% (ja não me lembro) no Teste Intermédio do ano passado (8º ano) e já sei que vou tirar 95% neste e quase não estudei... Não era impossível de se fazer... tinha era que se estar atento, pensar-se de forma objectiva e de ler MUITO bem o enunciado.

Mesmo assim o teste foi dificil. 10x mais dificil que o exame de 9º ano do ano passado. O Sr. Nuno Crato devia refletir um bocado sobre o que fazer para o ano e no exame...

Rui Silva disse...

A questão nem sequer se põe se o teste era difícil ou fácil no abstracto, ou se os professores e alunos têm uma boa preparação.

Este teste é um ringue de patinagem. A insistência na forma turtuosa de colocar os problemas só pode ser interpretada como intencional.

Uma vez por outra há um problema que me sai ao lado. Julgo que os alunos estão capazes de o resolver e é uma razia. Mas um exame inteiro não acontece por acaso.

Eu só tenho a beneficiar que os alunos cheguem à universidade com uma melhor bagagem a matemática. Também não quero e estou farto dos facilistismos.

Mário Moreira disse...

Eu, no papel de professor de matemática, achei, e continuo a achar, a prova difícil para o nosso contexto de ensino e demasiado exigente para o que se pretende para a generalidade dos alunos do ensino básico.
Demasiados problemas de interpretação, com questões repetitivas, e pouca avaliação à capacidade de procedimentos do aluno.

A colega Célia acerta no totoloto depois de conhecida a chave. Quem é que através da matriz consegue prever o teste?
E não me parece correto dizer que a culpa dos maus resultados é da deficiente formação dos professores... se assim fosse, baseando-me nos resultados, quase todos os professores de matemática seriam péssimos e os outros, das outras disciplinas, seriam quase todos bons.

Como diz o autor deste tópico, e bem, passou-se do algo fácil para o ridiculamente difícil.
Depois deste "murro no estômago" aos alunos e professores, deixo um apelo aos alunos para não desmoralizarem e continuarem a trabalhar...
Uma vez que os testes intermédios do secundário tiveram, até agora, um nível de dificuldade "normal"... A intenção desta prova para o 9.º ano é evidente, fazer os alunos desistirem dos cursos humanísticos, para irem para outras vias e assim pouparem...
É esta a atual política da educação em Portugal... dinheiro, os alunos não contam.

Disclaimer: neste ano letivo leciono apenas matemática A do ensino secundário, fazendo assessoria a turmas do ensino básico.

Anónimo disse...

Gostava de ver publicado, pela Sociedade Portuguesa de Matemática, um parecer sobre este teste intermédio, à semelhança do que faz todos os anos para as provas de aferição e exames nacionais de matemática.

João Paulo disse...

De facto têm toda a razão...

Eu estava bem preparado (a meu ver)...

Dos meus 99% (do ano passado) vou descer para os 70% (tudo à conta dos exercícios de funções... Vai-me estragar a média do corrente ano...

Espero que nos exames nacionais não se repita a mesma coisa... Fico esperançoso por tal...

Na minha opinião era preciso mais tempo para pensar e mais facilidade, porque para quem estudava com base nos testes intermédios dos anos anteriores, não se safou, o tipo de testes mudou...

Se isto continua no secundário estamos feitos...

Anónimo disse...

Realmente é mesmo inacreditável!! Eu sou aluna de 80s 90s e neste teste não vou passar de um 40...
Vai ser a minha primeira negativa e muito doloroso para mim. No teste entrei extremamente em pânico, porque sentia que tinha a responsabilidade de fazer muito melhor!! E que se vou tirar negativa no teste intermédio que fará no exame nacional!! Acho que é muito mau prejudicarem-nos assim, no final do ano! Porque provavelmente vou baixar o meu 5.

Sinto que é vergonhoso que nós alunos de notas altas tiremos uma negativa! Mas sei que a culpa não é totalmente nossa. Acho que o teste merecia pelo menos um teste modelo, para que os professores nos pudessem guiar e preparar para esta grande mudança. Eu confesso, estava muito confiante para este teste, porque estudei imenso, e como fiz todos os testes intermédios anteriores não achei que fosse dificil, e o pior é que os nervos depois consumiram-me e não consegui fazer mais nada. Mas o que realmente importa é que nós alunos e os professores não podemos ficar parados e temos que fazer ouvir a nossa voz!!! Precisamos q eles consigam ler tudo isto, e perceber que estão a ser muito injustos e incorretos para connosco!

Agradeço desde já, a este professor!! Que luta por nós, e pelo futuro do nosso pais!

Anónimo disse...

no 4 dava mt jeito a lei de gauss... mas para alunos de 9º ano acho uma pergunta ridicula...

as coisas que nos fazem pensar disse...

antes d comentar, o meu nome e Maria da Luz Pinheiro e sou aluna do 9º ano na escola D. Pedro IV em queluz. Fiz ontem este teste, e devo dizer que estava inadaequado para o grau de aprendisagem dos alunos, falo por mim e falo por maioritariamente dos alunos do 9º ano deste pais. porque a grande maioria de nós não foi ensinada a raciocinar como eles queriam. Concordo plenamente com o seu artigo e so adorava saber o que é q o sr ministro quer q nós alunos de todos os anos que sao presentes a exame, como quer que nos preparemos. eu fiz os intermedios todos dsd 2005 e estudei muito e chego ao test e deparo.me com o que se sabe. mais uma vez agradeço pelo seu artigo e pelos comentarios que fizeram aqui, pois assim posso constatar que nós nao estamos tao "sozinhos" como o sr ministro quer que estejamos para marcar passo.

Ricardo disse...

Isto não era um teste intermédio para 90 minutos . Matemática A ?! Não Obrigado !

Anónimo disse...

Neste teste acho que, para alguns alunos, os nervos foram os seus piores inimigos, porque estavam à espera de algo fácil e depararam-se com um tipo de exercicios nada habituais em exames/TI's. Tive colegas que entraram em panico e uma até começou a chorar a meio do teste!

Anónimo disse...

Uma coisa só...
Sr. Nuno Crato, não somos todos GÉNIOS como o senhor.

AC disse...

bem sou aluna de 9º ano, não soiu aluna excelente, mas sou uma aluna razoavel, tenho notas na casa dos 4 e alguns 5... sou aluna de 4 a portugues e a matematics, mas bom a portugues tirei 58 e a matremetica, lamento dizer, não irei passar de um 50, se conseguir lá chara :s
é mau, os nervos dominaram-me durante o teste entrei em pânico e chorei ...
não há livros por onde estudar estes exercicios, querem que use livros de secundário?
lamento senhir ministro -.-" eu ando no 9º ano não no 12º|

THE BOSS disse...

Sra Professora Célia,
acho incrível um professor estar a basear sua opinião acerca da dificuldade do teste tendo em conta o que sabe, e não aquilo que os alunos consideram como extremamente dificil, que foi sem dúvida o caso deste teste : um cabo dos diabos ! Não diga que é fácil, a professora não está deste lado para o sentir está bem ?!
Enerva-me profundamente ver alunos, excelentes, fantásticos alunos, que assim do nada, vêm um 90 e muitos desvanecer-se como fumo, e tendo que se contentar com notas baixissimas que não cabem na cabeça de ninguém ! Só nós, alunos, sabemos aquilo que sentimos quando saimos daquele teste. Uma sensação de fracasso que nos coloca numa posição em vemos que tudo de uma forma má, negativa... Chegar a casa e dizer aos pais, que nós, alunos de 80 e tal e 90 e tal, estamos a contar com notas como 40s e 50s ... Isto não cabe na cabeça de ninguém Sr.Ministro ! Daqui a pouco, estou a ver que nos pedem para calcular a o diametro do sol, tendo em conta que a distância da Terra a Plutão são x biliões de quilómetros...
Se isto foi assim, nem quero imaginar o Exame Nacional.

PS: Obrigado Sr professor que elaborou esta critica, a sua opinião não podia estar melhor enquadrada com aquilo que todos os alunos sentem. Continue com o bom trabalho. Abraço.

ASS: TM

André Costa disse...

Olá autora deste texto que, indubitavelmente, espelha bem o que se está a passar este ano, e não posso deixar de concordar consigo em cada linha que escreve. Sou aluno de 11º ano e de facto o teste intermédio de física e química era um pouco rebuscado na medida em que estava desajustado em termos de tempo e exigia raciocinar um pouco mais além. Tive 13,7 ... O de matemática já não foi tão difícil sendo que a estrutura foi mantida, tive 18,6. Relativamente ao Teste Intermédio de 9ºano, fi-lo ontem, é verdade que em algumas questões estive alguns minutos a olhar para elas para sair alguma coisa, apesar de ter conseguido fazer tudo, de facto, não era fácil e até para mim que tenho 19 a matemática no 11º ano, senti um pouco dificuldade, portanto foi claramente um teste desadequado, rebuscado, exigente de mais para aquilo que se pretende, pena é sermos nós a "apanharmos" com isto ... :s

hfygf disse...

Eu pessoalmente já fiz queixa ao ministro(tambem ao psd, ps, cds, be e pcp) da educação atravéz de mail, deixei o link deste post que me parece que descreve muito bem aquilo que senti ao ler o teste do meu filho.
Eu sou Eng. Civil e tenho para mim que a ultima questão de estatística só a aprendi em Métodos estatísticos na faculdade.

Mas vindo de um Ministro que conseguiu colocar exames no 1º ciclo, e já nada me espanta.
Portugal é o único país Europeu (segundo os entendidos da matéria) a ter exames no 1º ciclo, deve ser por ser o país mais desenvolvido e cientificamente mais evoluído da união que procedemos assim.

Apesar de não ser entendido em técnicas de ensino e de avaliação de ensino, no entanto não consigo entender como é que o país tecnologicamente mais evoluído do mundo EUA, (ainda o o são), tem como base de avaliação o chamado teste americano, modelo esse que fosse adoptado cá, era logo o fim do mundo com os argumentos do facilitismo.

Quanto aos comentários por aqui postados a dizer que os testes anteriores eram demasiado fáceis, eu se calhar diria ao contrário, será que os testes são considerados fáceis, porque os nossos jovens , se calhar, são mais aplicados.
São fáceis porque, se calhar, os nossos profs são muito profissionais, e aplicados, fazem o trabalho para que são pagos , de forma eficaz e profissional.


Eu que sou pai e que até vou á escola do meu filho várias vezes venho de lá com a sensação (sempre) que aqueles profissionais dão sempre o melhor de si para ensinar os jovens (como já disse sou de civil, nada tenho a haver com ensino, nem a minha mulher).
mas se calhar é outra forma de ver a coisa(positiva, em vez do bota abaixismo tuga).

hfygf disse...

Eu pessoalmente já fiz queixa ao ministro(tambem ao psd, ps, cds, be e pcp) da educação atravéz de mail, deixei o link deste post que me parece que descreve muito bem aquilo que senti ao ler o teste do meu filho.
Eu sou Eng. Civil e tenho para mim que a ultima questão de estatística só a aprendi em Métodos estatísticos na faculdade.

Mas vindo de um Ministro que conseguiu colocar exames no 1º ciclo, e já nada me espanta.
Portugal é o único país Europeu (segundo os entendidos da matéria) a ter exames no 1º ciclo, deve ser por ser o país mais desenvolvido e cientificamente mais evoluído da união que procedemos assim.

Apesar de não ser entendido em técnicas de ensino e de avaliação de ensino, no entanto não consigo entender como é que o país tecnologicamente mais evoluído do mundo EUA, (ainda o o são), tem como base de avaliação o chamado teste americano, modelo esse que fosse adoptado cá, era logo o fim do mundo com os argumentos do facilitismo.

Quanto aos comentários por aqui postados a dizer que os testes anteriores eram demasiado fáceis, eu se calhar diria ao contrário, será que os testes são considerados fáceis, porque os nossos jovens , se calhar, são mais aplicados.
São fáceis porque, se calhar, os nossos profs são muito profissionais, e aplicados, fazem o trabalho para que são pagos , de forma eficaz e profissional.


Eu que sou pai e que até vou á escola do meu filho várias vezes venho de lá com a sensação (sempre) que aqueles profissionais dão sempre o melhor de si para ensinar os jovens (como já disse sou de civil, nada tenho a haver com ensino, nem a minha mulher).
mas se calhar é outra forma de ver a coisa(positiva, em vez do bota abaixismo tuga).

Anónimo disse...

Foi um teste muito democrático no sentido em que vai tratar de igual modo os bons e os menos bons alunos.

Terrorismo pedagógico!

Alex Fernandes disse...

Volta Isabel Alçada, estás perdoada.

A frase de muitos alunos que não chegarão aos 50% o teste intermédio.

Lili disse...

Depois dos resultados satisfatórios que obtive no ano passado nos testes intermédios de 8º ano, nunca pensei que este ano iria obter tão maus resultados. À medida que estava a resolver o teste, comecei a ficar triste. Não tinha sido para isso que tinha preparado os meus alunos. No final da prova foi díficil para mim ver o seu desalento. Eles não mereceram o que lhes fizeram. Neste momento estão abatidos, desmotivados e já acham que se o exame vai ser assim, já nem vale a pena continuar. Sempre lhes disse que o teste intermédio iria contar como um teste na sua avaliação, mas perante um teste intermédio com o qual não me identifico, isso não irá acontecer. Não vou permitir que por causa de uma prova mal concebida, tenha de descer as notas. Continuo a manter a confiança neles e fiz questão de lhes deixar isso bem assente.
Este teste não permitiu que eles demonstrassem que sabiam resolver sistemas, usar o teorema de pitágoras, resolver corretamente uma equação de 2º grau (até nesta tiveram de colocar o sinal menos antes da fração, para que todos os alunos se esbarrassem), nem sequer que usassem a sua criatividade para resolver problemas. Todos eles rinham de seguir quase que obrigatoriamente o mesmo caminho. Desculpem-me mas a matemática não funciona assim. Até no exercício sobre a proporcionalidade inversa foram incapazes de o adaptar a uma situação da vida real. Se ainda estou triste? Estou! Mas não vou deixar que ninguém baixe os braços!!!

Anónimo disse...

O ano passado tirei 94% no teste intermédio (8º ano) e neste teste intermédio de 9º estou à espera de tirar por volta de 80%.
Este teste foi ridículo. Realizei todas as provas de teste intermédio de 9º e eram mesmo muito fáceis. Não percebo qual é o objetivo do GAVE ao fazer uma prova tão difícil...Se era provocarem pânico aos alunos e aos seus respetivos professores, conseguiram.

Anónimo disse...

Bem,

O meu prof preparou-nos bem e estávamos confiantes. Depois do teste armou-se a confusão.

Este teste intermédio, para mim, teve um grau de dificuldade de 7 em 10, mas foi por causa daquela pergunta 4 à moda das SPM.Tive que a passar à frente e voltei lá no final de acabar o resto.
Arranjei expressões geradoras super complicadas para no final perceber que não era preciso nada disso.

Eu achei as outras perguntas pouco complicadas. Eu perdi muito tempo na equação de 2º grau (meto muita água a simplificar expressões), tive que fazer as outras perguntas a voar.


Se os exames tiverem este grau de dificuldade, vai haver muitas negas a nível nacional.

Célia disse...

Quem achou o TI do 9º dificil já olhou para a prova de aferição do º ano??? Qual a opinião????

A.R. disse...

Entendo que o teste intermédio foi mais difícil do que os dos anos anteriores. No entanto, não acho que tenha sido assim tão difícil como alguns querem tecer.

Considero que há questões que deveriam ser revistas mas, de uma forma geral, acho que o teste de 9.º ano é satisfatório para avaliar os conteúdos programáticos deste ano.

hfygf disse...

a resolução proposta da pergunta 4 está errada.
na pergunta 4 é pedido

"Existe um termo desta sequência que tem um número total de círculos igual à soma dos cem primeiros
números naturais."

Isto é um somatório um numero total de circulos igual ao somatorio dos numero desde i=1 até 100 de todos os numeros naturais. daí até se poder dizer que se pretende saber qual o numero de circulos do termo 100 vai uma grande distancia.

Onde quero chegar e se entendo bem o Português é que a resolução do Gave está errada, na resolução do Gave dão como resposta certa o numero de circulos pretos do termo 100, volto a transcrever o que está escrito:

"Existe um termo desta sequência que tem um número total de círculos igual à soma dos cem primeiros
números naturais.
Quantos círculos pretos tem esse termo?"

o que está escrito em Português é:
existe um termo .... que é igual ao somatorio....
pergunta:
quantos circulos pretos tem esse termo(o que é igual ao somatorio, e mais nenhum)?

Isto é clarissimo como a água (em direito não tinham hipótese nenhuma)

Senão era isso que queriam dizer azar, vão aprender Português(quem fez o teste), a resolução está errada.

O resultado do termo 100 é 495 círculos (pretos e brancos), o somatório dos números de 1 ate 100 é 5050, isto é vergonhoso.

A.R. disse...

"a resolução proposta da pergunta 4 está errada."
Discordo.

hfygf disse...

se eu não me enganei
Existe um termo desta sequência que tem um número total de círculos igual à soma dos cem primeiros
números naturais.
Quantos círculos pretos tem esse termo(esse é esse não é outro)?

e se não me enganei o termo é o 1011
e o numero de bolas pretas do termo 1011 é de 2021 bolas pretas.

volto a dizer se queriam outra coisa falassem em Pt correcto(quem fez o teste)
Isto se estivesse num contrato não tinham hipótese nenhuma, o contrato era cumprido á risca (dsclpem deformação profissional),
Isto é cidadania.

hfygf disse...

Mais uma do nivel deste teste
Pergunta 1.3

Vão ser escolhidos, ao acaso, dois alunos da turma B com 15 anos.
Determina a probabilidade de os dois alunos escolhidos serem do mesmo sexo.

Pergunto eu sobre esta pérola:
São os dois tirados ao mesmo tempo, ou são tirados um a um, ou seja primeiro um e depois o outro?

È que os resultados são diferentes, se bem me lembro da estatística.

Na resolução só aparece uma resolução e um resultado!

Pergunto também, as pessoas que vão fazer a correcção devem ter em conta as duas possibilidades??

È que aquilo que não é dito, entramos na arbitrariedade!
Realmente o PT é difícil.
(tenho estado esta tarde a tentar resolver isto)

Point du Lac disse...

Como aluna, penso que o teste intermédio de Física e Química A foi demasiado comprido para 90 minutos. Acredito perfeitamente que para alunos que estão pela primeira vez a enfrentar o 11º ano e a matéria desta disciplina, se torne muito mais complicado. Além do mais, existia pelo menos uma pergunta no teste que requeria mais tempo e concentração para ser resolvida.
Sim, concordo e entristece-me que os conhecimentos dos alunos continuem a ser avaliados conforme os políticos que governam o país.
Tirar boa nota num exame nacional começa a ser mais uma questão de sorte.

hfygf disse...

Outra deste teste

pergunta 7,1

Eu so consigo chegar á solução, medindo com uma régua no desenho, mas a minha questão não é essa visto que tenho 43 anos e já não me lembro de tudo, o que eu sei é que não é correcto aquele gráfico, porque se o segmento de recta OB tem 4 é impossivel o segmento OA ter um, tem 1.66 (medido em sof de cad com o desenho escalado devidamente).
se o segmento OA tem 1 de comprimento (representado) o OB tem 3.
Lembram-se do argumento facilitismo??

O que eu não acho correcto e que está implicito aqui é o paradigma do desenrascanço, e da falta de brio que está presente naquele desenho e que tanto nos tem prejudicado colectivamente, as coisas a serem feitas teem de ser feitas de forma correcta e acertada, e nunca dar como exemplo aos nossos jovens como exemplo o desenrascanço e a falta de brio, ou pior ainda pedir-lhes a eles um grau de brio e excelência que nós não temos e não lhes mostramos como eemplo, está mal.

Alexandre disse...

Cidadania é falar somente do que se sabe.

O teste está bem formulado. Pode ser difícil (é uma opinião que eu registo) mas está bem formulado.

Depois de discutido com vários professores de Matemática (incluindo eu), entendo que a questão 4 está bem formulada.

hfygf disse...

CAro Alexandre
Eu penso que fundamentei, pelo menos na minha opinião, as razões da pergunta 4 estar completamente errada, na sua formulação e na sua resolução.
O SR limita-se a dizer que está bem formulada, isto depois de falar com varios professores de matemática.
Salte do seu meio e fale com um prof de Português ou com um jurista (que são os profissionais mais habituados a tratar com as questões da lingua, aliás os juristas são os mais habituados a tratr destes problemas), e diga-me se continua com a mesma opinião.

Quanto á minha sabedoria, penso que ainda chega para resolver estes problemas mais simples, visto que até apresentei as duas soluções matemáticas (a do Gave e a "minha")

Aliás o que está aqui em causa é um problema de PT, pelo que , e de acordo com o seu próprio raciocínio, também o Senhor não deveria opinar visto que é Prof de Matemática (tá a ver como o PT é lixado)

cmps

David Andrade disse...

Eu estou no 8º e realizei a prova num curto espaço de tempo, mas isto porque sou um excelente aluno a matemática e tenho preparação para as olimpíadas... Também estou a aprender com o Novo Programa, o que facilita, pois promove muito mais o raciocínio do que o "simples decorar". Na minha opinião, a última pergunta era ótima para concursos como Canguru, OPM, entre outros, dado que tinha-se primeiro em pensar que raciocínio utilizar (triângulos semelhantes, muita gente não chegou lá) e determinar a razão de semelhança 1/2 ou 2 e, como fui pelas áreas dos triângulos, calcular o quadrado da razão, determinar a área do outro triângulo e utilizando o resto dos dados chegar à resposta). Acho que não foi a prova em si que esteve mal, mas foi a pouca preparação que os alunos têm por vários motivos: ou os alunos não gostam de matemática (hábito), ou os alunos são barulhentos (quem consegue dar aulas?), ou é o professor (por vezes, tem parte de culpa pelo método que utiliza, deve diversificar os exercícios), ou é o pouco tempo de aula, ou aconteceu um contratempo com o professor, ou o manual é péssimo. Resolver sistemas de equações grafica e algebricamente, qual é o aluno do 9º que não aprendeu isso? Está no programa do 9º e também está na matriz de conteúdos do TI. Creio que provas destas devem continuar, pois assim os alunos começam a esforçar-se mais, nada na vida acontece sem esforço nenhum, algum deve-se fazer para conseguir a positiva neste teste.
A linguagem utilizada no teste é confusa, sim, mas devemo-nos acostumar porque qualquer dia tem que ser, chegamos ao secundário sem perceber nada de matemática se não conseguirmos entender a linguagem da matemática. Também no 3º ciclo deve-se fazer uma transição da aritmética à álgebra, pois esta última é útil para fazer demonstrações gerais, como se nota no item 7.1. (caso fosse de resposta aberta, deveríamos atribuir uma variável à abcissa de P, escrever uma expressão que representa a área do retângulo e simplificá-la o melhor que se pode. Considero que esta transição é aquela que se deve prestar mais atenção (e tempo) no 3º ciclo. Não é por acaso que vários alunos afirmam que começaram a não perceber nada de matemática a partir do dia que utilizavam letras em vez de números (as letras são números, e é isso que os professores devem tentar explicar, para que servem as letras e porque se utilizam letras)

hfygf disse...

Caro David Alexandre

"A linguagem utilizada no teste é confusa, sim, mas devemo-nos acostumar porque qualquer dia tem que ser"

Não, não tem de ser.
Nunca te esqueças disto. porque quando chegares á tua vida adulta e profissional, vais ver que um dos males, entre muitos outros, que nos levou a este estado (crise) é a linguagem confusa (fala com os teus profs e pergunta-lhes pela legislação de avaliação profissional deles ( o meu é o siadap, o deles tem outro nome)), para que eles te expliquem o que é linguagem confusa, e não, não nos devemos a habituar a ela, vê se é a tua geração que nos livra dessa chaga quando cá chegarem(á vida adulta e profissional.

Anónimo disse...

Caro(a) comentador hfygf, e que me diz da questão 9? Se ao volume do prisma lhe retirarmos a pirâmide com que volume ficamos? claro que ficamos com o do prisma...esta é mesmo a pergunta mais mal elaborada (já um aluno se queixou dela e tem muita razão). Esmeraram-se em rebuscar as frases do enunciado para testarem conhecimentos? esmerem-se então em as construirem como deve ser. Cara professora Célia, nota-se que a senhora é professora também do secundário, e como tal lê o enunciado e consegue facilmente (em algumas questões até mentalmente) ver como se resolvem e qual o resultado, olhe também eu... aconselho-a, no entanto, a não olhar só para o seu umbigo e a colocar-se no outro lado, no lado dos alunos e "descer" cá em baixo. Visto que não conseguiu, então quem é que afinal pode ter muita teoria mas pouca pedagogia é a senhora e portanto com pouca formação para lecionar. A avaliação desta prova será ditada pela média nacional obtida, e essa vamos ver que irá refletir todas estas preocupações dos alunos, ou serão eles todos incapacitados???

Lúcia Nunes

Candido disse...

A prova de que que o teste era difícil, está nas observações do Sr hfygf, que atribui ao português, a sua falta de conhecimentos, no âmbito da linguagem matemática, e que faz observações um pouco precipitadas,

na questão quatro, subentende-se que no termo em causa, o número de bolas, será igual ao valor da soma dos cem primeiros números naturais,
e se considerar-mos que cada linha horizontal dos triângulos, corresponde ao números naturais,
contar as bolas do termo 100, será a mesma coisa que somar os cem primeiros números naturais,
depois de identificado o termo 100 existem varias formas de chegar ás bolas pretas...

em relação à questão 7, todos os alunos sabem que as figuras, não estão à escala, agora a dificuldade deles ( e a sua) era que para determinar QP teriam de substituir o x da expressão dada pelo valor de OP , e a partir dai qualquer aluno (e advogado) resolveria.

David Andrade disse...

Caro hfygf

Tem razão ao referir que pode não ser assim. Não compreender não significa não saber, mas não sei se você tem a perceção de que muitos alunos não conseguem comunicar matematicamente. É uma grande barreira entre professores, alunos e enunciados. "Eu sei isto, mas não consigo explicar." Quantos alunos não referem isso? O que se deve fazer? Prontos, acho que se deve haver aulas de apoio de Matemática que devem apostar na Comunicação Matemática, é importante para a explicação no nosso raciocínio.

Ana Maria disse...

Também acho que o tempo não foi sufiente para fazer este tipo de teste. Um dos meus alunos que tem nível 4 (e bem merecido), apenas fez até à 7.3. Teve 47. Vamos esperar pela média nacional (se é que a vão divulgar) e compará-la com a do ano passado. Não vai ser díficil de perceber a quebra. Infelizmente os alunos que têm capacidades para as Olímpiadas não existem na minha escola. Não nos podemos esquecer dos diferentes contextos sócio culturais em que as escolas estão. Muito sinceramente... este teste intermédio conseguiu deitar por terra o esforço de muitos alunos que batalham para chegar a um três.
Concordo que não havia necessidade de complicar a questão 4. Todos os alunos por mais fracos que sejam sabem resolver um problema de sequências. Deicidiram baralha-lhos com aquela informação desnecessária e nenhum dos meus alunos acertou no exercício. Houve que fizesse a soma e tivesse chegado às 5000 e tal bolas. Também não havia necessidade de baralhar a equação de 2º grau. Não chegavam já parenteses e denominadores? Havia também necessidade de colocarem duas perguntas a testarem os conhecimentos sobre intervalos? Desculpem a sinceridade, mas que acha que o teste está adequado, ou não está a dar aulas ao ensino básico ou então está num colégio todo xpto em que os alunos são todos brilhantes e treinam para as olímpiadas. Adorava ter alunos assim, mas a minha (e a de muita gente) realidade não é essa.

Anónimo disse...

Pois bem, eu só sei que no ano passado, no TI do 8ºAno, tive 94%.

Quando estava a estudar em casa, fiz o TI do 9º do ano passado e consegui 97%.

Neste teste ridiculamente difícil, tiro 54%...

Alguma coisa se passa, com certeza, pois esta nota não reflete o meu esforço como aluno nem as minhas capacidades.

Do 8 para o 80... Espero ver alguma vez o 40

Ana Maria disse...

E de um ano para o outro, perdeste capacidades? Não!!! Por isso levanta a cabeça!
Alguém sabe onde consultar as médias do ti do ano passado e do ti do 8º ano deste ano?

hfygf disse...

Caro anonimo das 11.27 concordo consigo a questão 9, é imcompreensivel o que se pretende dos alunos (eu pelo menos não ceonsigo perceber muito berm a pergunta.

Caro Candido

"em relação à questão 7, todos os alunos sabem que as figuras, não estão à escala, agora a dificuldade deles ( e a sua) era que para determinar QP teriam de substituir o x da expressão dada pelo valor de OP , e a partir dai qualquer aluno (e advogado) resolveria."

Qual das palavras do meu comentário não percebeu- Tenho 43 anos e já não me lembro de........, a minha questão era outra, se não percebeu paciência, mas volto a colocá-la:

Não é admissível que se queira promover a excelência técnica perante os jovens ,e nós, porque presumo que os testes seja feitos por técnicos adultos, não promovamos a excelência técnica numa coisa tão simples como elaborar um gráfico, não é correcto e não deve servir de exemplo para a juventude.

O seu comentário para a questão 4 é tão rebuscado que so me dá razão, porque fiquei sem saber se o senhor acha que se tem de se fazer o somatório ou se temos de char o valor do termo 100 da sequencia.

Cãndido disse...

peço desculpa por não ter me explicado bem na questão quatro,

o que eu quis dizer, é que não é necessário calcular o somatório, dos números inteiros, mas chegar à conclusão de que esse somatório é o mesmo valor, do numero de bolas do termo cem, e ai reside a grande dificuldade da questão,

mas já que gosta de analisar as questões do português, o que acha do que está escrito nos critérios de correcção da prova," e aqui é que eu fiquei a achar que não percebo nada de português" passo a citar:

Por níveis de desempenho
Indica-se uma descrição para cada nível e a respetiva pontuação. Cabe ao professor classificador enquadrar
a resposta do aluno numa das descrições apresentadas, sem atender às seguintes incorreções:
– erros de cálculo que envolvam apenas as quatro operações elementares em No
– apresentação do resultado final numa forma diferente da pedida e/ou mal arredondado.
nota – Salvo indicação em contrário no critério específico, à classificação a atribuir à resolução destes itens devem ser
aplicadas as seguintes desvalorizações, não podendo daí resultar uma desvalorização superior a dois pontos:
•  1 ponto por erros de cálculo que envolvam apenas as quatro operações elementares em 0N (indepen dentemente
do número de erros cometidos);
•  1 ponto pela apresentação de cálculos intermédios com um número de casas decimais diferente do solicitado e/
ou pela apresentação de um arredondamento incorreto;
•  1 ponto pela apresentação do resultado final numa forma diferente da pedida e/ou mal arredondado.

DDmat disse...

Eu penso que a questão 4 não está assim tão mal formulada. Como já referi num coment anterior, esta pergunta levou-me a arranjar expressões geradoras da sequência super complicadas, mas, interpretando bem o problema e percebendo que cada termo é gerado pela soma dos primeiros n números naturais, fica assim:
«Quantos círculos pretos tem o termo de ordem 100?»
A expressão geradora dos círculos pretos é tão simples como 2n-1.

Alexandre disse...

Eu não gosto de alimentar polémicas, mas creio que misturas conceitos de direito com conceitos de matemática é uma tolice.

Segundo a terminologia usada em MATEMÁTICA, a questão 4 está bem formulada.

Se "hfygf" acha que a questão 4 está com problemas de redação, "processe" o GAVE - sabe o que eles lhe diriam? O mesmo que eu
[se ainda acredita que tem razão, vá em frente].

Confie em mim... à luz do currículo programático e da terminologia aceite, a questão 4 está bem formulada [pode-se levantar a questão dos conceitos envolvidos serem discutíveis, mas a questão está bem formulada].

Já agora, e mais uma vez peço-lhe que fale sobre o que sabe, sabia que há uma equipa responsável pela coordenação científica e LINGUÍSTICA para os exames elaborados pelo GAVE?

Não entrarei em polémicas com Sua Ex.a porque quando não se sabe, pergunta-se.

David Andrade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
hfygf disse...

Caro alexandre

Eu já fiz a minha parte de cidadania, se vir o meu 1º post, eu digo e afirmo que já me queixei no gabinete de apoio do ministro da educação sobre este teste, através de mail devidamente identificado com nome completo e com o respectivo numero de cartão de cidadão(que eu aqui não posto como é óbvio), não sou nenhum justiceiro, nem tenho disponibilidades financeiras para processos.

Se existe uma equipa de linguística de apoio, ainda bem, porque pode ser que consigam explicar o que quer dizer

"Quantos círculos pretos tem esse termo?"

PC disse...

Concordo consigo! Passamos mesmo do 8 para o 80 (frase que já proferi diversas vezes este ano). Se o passado de "facilitismo" foi vergonhoso, o que passa neste momento não lhe fica atrás!
Os testes intermédios de Física e Química, quer de 9º ano, quer de 11º, foram bastante difíceis. No que concerne ao de 9º ano, o principal problema foi o tipo de exercícios e a linguagem utilizada, com a qual os alunos não estão familiarizados. Obtive 5 positivas em 59 alunos (um verdadeiro descalabro). Assim, os testes intermédios não permitem aferir critérios nem inferir coisa nenhuma. No que diz respeito ao de 11º ano, considerei-o muito extenso, e apesar, de estar bem elaborado, existia uma questão (do ressalto) que creio que a maioria dos alunos não a resolverá, pois requer alguma presença de espírito...
Francamente, espero que os nossos governantes pensem melhor antes de aumentarem desta forma o grau de exigência dos TI e dos exames. Aconselho toda a gente a ler o TI de Física e Química do 9º ano do ano letivo 2010/2011. É quase um insulto à inteligência de qualquer aluno sem necessidades educativas especiais.

Anónimo disse...

Olá! Sou açoriano, mais propriamente de São Miguel e venho aqui deixar o meu comentário.

Sou aluno de 9º ano, com nota máxima (5) a Matemática em todos os períodos desde o 5º até agora (9º). Deixo bem claro uma coisa: desde o 5º até ao 6º nunca tive um teste inferior a 90% à exceção da transição do 6º - 7º em que um teste foi um Bom na casa dos 82...%.

Eu e a minha turma andamos a batalhar neste teste intermédio desde o início do ano letivo 2011/2012. Imprimimos todos os testes intermédios, resolvemo-los nas aulas, a professora deu-nos aulas de apoio todas as terças-feiras, fomos a aulas extras para colocarmos/esclarecermos dúvidas e para resolvermos imensos exercícios e realizámos fichas de trabalho.

Estávamos excelentemente, repito excelentemente preparados para o teste intermédio! Verificámos que os exercícios dos testes intermédios dos anos anteriores tinham um grau desde fácil até difícil (não é bem difícil mas sim, que tínhamos que pensar muito bem na(s) questão(ões)...

A minha turma (ou quase toda a turma) estava confiante para este teste... Pensámos no trabalho que tivemos todas as semanas até chegar ao dia 10 de maio, tudo o que nós passámos para estarmos bem preparados para um teste que vinha do Continente para as ilhas..!

Chega o dia 10 de maio entramos para a sala de aula, a professora entrega-nos o teste, começamos a resolver. A primeira parte, Estatística, pronto essa parte até foi razoavelmente fácil... Continuo a resolver o teste, deixando vários espaços na folha de respostas para escrever depois para dar tempo para pensar... Não dava para pensar!!! No teste havia muito falta de dados em algumas perguntas e o grau exigido superou o grau dos testes intermédios dos anos letivos transa(c)tos.

Um colega meu começa a chorar, a exclamar que não conseguia resolver o teste e a professora a tentar acalmá-lo dizendo para ele dar o seu melhor! Ele desistiu e deixou de vez o teste.
Eu suspirava tanto e muitos também... Muitos alunos de 5 a suspirar... ui já estava a ver que não era só eu que achava o teste difícil... Acabou-se a aula desatei a chorar e porquê?

PORQUE EU TINHA (E TENHO) A CERTEZA DE QUE ESTA SERÁ A MINHA PRIMEIRA NEGATIVA DESDE O 1º ATÉ AO 9º !! :( Acho que nem a 25% chega. Ainda por cima numa disciplina que adoro, Matemática.
É a vida! Não é assim que surgirão muitos alunos com 12º ano feito, ainda mais sem perder anos...

Através deste longo post explico o meu desalento em relação a este teste intermédio!

PS: Desde o 5º-9º anos, que não tiro 5 com facilitismos, deixo bem claro isso :)

André F.G. Reis

Ana S. disse...

Eu tenho duas positivas em 33 e muitos alunos desmotivados.

Anónimo disse...

Eu fiquei com 6 negativas em 28.
:(

Anónimo disse...

Sou mãe de uma aluno do 9ºano e sou professora. Face a tudo que já ouvi e li sobre o teste intermédio de matemática, apenas posso dizer que acredito que os meus colegas de matemática não vão prejudicar os nossos filhos por causa deste teste. Peço-lhes muita ajuda, pois os nossos filhos precisam de recuperar a confiança (não vai ser fácil!) para enfrentarem o exame que se aproxima. Boa sorte a todos.

Anónimo disse...

Eu fiz esse teste intermedio, e estou plenamente de acordo.

Gostaria de ver o ministro a fazer alguins dos exercicios!!

DDmat disse...

Caro anónimo « Seg Mai 14, 06:11:00 PM»

Não é que não concorde consigo, mas o nosso ministro da educação Nuno Crato é matemático...

Anónimo disse...

Eu concordo, com todo o artigo que aqui foi publicado, e à medida que ia lendo cada vez ia ficando mais revoltada. Porque ser eu, ou meus colegas a pensar isso é uma coisa, mas outra totalmente diferente é ver os professores a dizerem que era um teste dificil. Eu tive estudo acompanhado logo a seguir ao intermédio, com um professor de fisica-quimica e ele esteve meia hora a resolver a questão 4 e mesmo assim nao conseguiu resolve-la (e depois esperam que nós, alunos, consigamos resolver)
Na minha opinião, para o teste que era, devíamos ter mais tempo para resolvê-lo, ou então fazerem o teste de menor dificuldade.
O que me chateia ainda mais, é ver professores universitários, de ensino secundário e mesmo básico, dizerem que teste era complicado, e o meu professor não o admitir, dizer que era um teste facílimo. E depois esperam que ainda tenhamos motivação para os exames!

Anónimo disse...

Acho impressionante a falta de sensibilidade de alguns professores.
Numa altura em que muitos alunos estão desmotivados e que precisam do apoio do professor, o mesmo faz que o resto do ânimo se desvaneça.
Acho que vocês deviam fazer uma análise com o vosso professor dos resultados obtidos neste ano e no ano passado. Se calhar iam chegar a umas conclusões interessantes... E se o teste era assim tão fácil, foi porque o vosso professor vos preparou (ou não) para isso.
O teste era fácil para mim, mas para os meus alunos não era!

O desempenho dos meus alunos relativamente ao ano passado piorou, mas não é por causa disso que vou desistir deles, porque eu sei perfeitamente o que são capazes de fazer. E acreditem, nesta fase é importante levantar a moral dos nossos alunos, caso contrário no exame nacional será o descalabro total!
O teste era díficil? Era! Os manuais estão preparados para esse tipo de exercícios? Não! Aliás, andamos 3 anos nos novos programas, sem manual e a guiar-nos por aquelas tarefas da DGIDC em que só os bons alunos conseguem chegar a algum lado. E os alunos que estão quase no três? Desistimos deles?

Anónimo disse...

Ó Alexandre, tu por acaso não é o helder?

O helder, o "directorzeco" da chafarica que faz os testes e exames a pedido do ministro?

Olha que essa discurso não engana ninguém!

Anónimo disse...

Não percam o site www.nunocrato.com

Vejam, sobretudo, um vídeo delicioso com as gaffes do Crato

Armando disse...

Crato sabe muito bem quem é que está à frente do GAVE. Provas com erros e mal construídas não devia ser surpresa para ninguém.

Há quem diga que o ministro está a ser vitima das intrigas da sua secretária de estado, Isabel Leite.

A agenda escondida da Isabel Leite começa a estar cada vez menos escondida... Quem diria, hem?

Quando será que ela vai dar a machadada final?

Anónimo disse...

David Andrade!! Poupa-me sim??? estás que a armar-te em menino sabichão!!! Esperemos que para o ano as coisas não te corram mal, e que na hora, a hora da verdade, faças tudo depressa e tires 100% kisses miudo

Bia disse...

Sou do 9º ano e fiz o teste na quinta, como no resto do país. Posso dizer que fui "preparada" para o teste (eu bem que pensei isso, mas não foi o que eu esperei). Estive cerca de duas horas com a minha explicadora e ela confirmou-me que eu estava preparada para o teste. Preparei-me através de testes intermédios de anos passados (que mais pareciam para o 7º ano...) e o do ano passado (que era um pouco mais rigoroso) correu-me extremamente bem, ela corrigiu e tive 86% a fazer o teste sozinha como se fosse mesmo um teste intermédio. Cheguei ao teste e desabou-me tudo. Nao estava nervosa, estava toda confiante com tudo na cabeça. O que eu posso dizer? O teste era extremamente complexo. Na minha turma o professor afirmou que apenas haveria uma positiva, e era um 50 e tal, o que é inadmissivel numa turma em que a média é boa. Nao culpo os professores, muito menos o meu que apesar de ser muito brincalhao nas aulas é um professor espectacular e esforça-se para dar bem o programa bem dado. Preparou-nos para o teste com exercicios do banco de itens do GAVE, e ele próprio diz que se sente mal pois a nossa turma (que é a unica que ele tem) está extremamente desmotivada.
A nota que eu vou ter? Um 20 é sorte.

André Cavalheiro disse...

N retirando o que disse, tive positiva! So para informar

Anónimo disse...

Confesso a minha decepção ao ver o que aqui foi escrito. Isto porque o teste não era difícil. Era de facto extremamente fácil, a grande maioria dos problemas era na verdade trivial, e se há alguma crítica que lhe tenho a fazer é o excesso de facilidade.

Dizem: não se admite que numa turma boa não vá haver mais do que uma positiva. Pois de quem é a culpa? Só pode ser dos alunos que não foram capazes de fazer o teste. Do Ministério não é certamente. E a ignorância da maior parte dos professores de Portugal já devia chegar para que os alunos se preparassem sozinhos.

E digo isto tudo como aluno! Eu fiz o teste na quinta-feira, demorei menos de meia hora a resolver os problemas (sem contar com o tempo de escrever) e obtive um 100%. Teria ficado irritado se num teste tão básico tivesse tido uma nota pior; considerá-lo-ia uma humilhação.

Aos alunos e professores que perguntam "Por onde devo preparar os meus alunos para testes desta dificuldade?" eu respondo "Visite o site www.spm.pt/olimpiadas." Os problemas das eliminatórias e das finais das Olimpíadas Portuguesas de Matemática são os únicos problemas decentes, tanto em termos de dificuldade como de interesse, que são produzidos em Portugal para alunos do Básico e do Secundário.

Nós, o que participamos e temos como vida as Olimpíadas de Matemática, sabemos que apenas estas avaliam o quanto os alunos valem. Os programas de Matemática de Portugal do 9º ao 12º ano são tão elementares que um aluno com 5 a Matemática e que conheça toda a matéria leccionada nesses anos não podem ser necessariamente considerado um bom aluno. Na verdade, em Portugal, um aluno só se pode considerar bom a Matemática se souber bastante mais do que a maioria dos professores de Matemática da escola.

Os únicos comentários aqui feitos que me pareceram aprazíveis foram os do excelso David Andrade, ao qual recomendo que visite o site www.mat.uc.pt/~delfos (se é que já não o visitou antes) onde encontrará as indicações ideais para alunos que não pretendem permanecer na ignorância em que a maioria dos alunos e professores da escola portuguesa permanece.

Uma única palavra mais, quero pedir ao Ministro que, caso tenha lido os comentários infundamentados que aqui foram feitos, não se deixe influenciar e desmotivar por eles, pois um dia o país há-de lhe agradecer tê-lo tirado da ignorância.

hfygf disse...

Ao ultimo anonimo dou-lhe o exemplo do maior cientista humano que pisou a terra(segundo alguns)
Albert Einstein
Este exemplo põe no charco todos os argumentos apresentados por si

Se tiver coragem compare-se com esse homem, visto que , e de acordo com o seu, comentário estamos perante um sobre-dotado, que pura e simplesmente despreza as capacidades dos outros, que se calhar noutros domínios da actividade humana são melhores que Vc,é que a matemática não é o único domínio do conhecimento e actividade (no seu sentido total) humana.
Se calhar, se o seu prof de Português lhe pusesse um texto de Pessoa, daqueles mais Pessoanos Vc ficava a olhar para o dia de ontem sem saber que o que fazer.
Vá ler Kafka(o processo), pode ser que entenda o que os seus colegas sentiram, aqueles que não deidcam a vida a sua vida ás Olimpiadas de Matemática (palavras suas),deve ser um jovem muito triste, se só se dedica a essa vertente da actividade humana.

A não ser que esteja no domínio da ironia e aí retiro tudo o que disse.

Ana Maria disse...

Acho que o discurso do anónimo só mostra de que massa é feito... Se há coisa que aprecio nos meus alunos é a sua humildade e isso é uma coisa que lhe falta. Infelizmente isso não se consegue através da realização de testes, já vem de dentro de nós. Essa humildade vai-lhe fazer falta para ultrapassar os desafios da sua vida adulta.

Anónimo disse...

Bem, aqui estou eu de volta em resposta às críticas que foram feitas ao meu comentário anterior.

Na verdade eu apenas desejava saber que reacções um comentário desse género iria provocar nas pessoas e daí tê-lo feito, foi uma experiência :) Por isso peço que não se ofendam.

A minha opinião quanto ao teste, guardo-a comigo para não levantar mais polémica.

Anónimo disse...

Não concordo nada com esta passagem do 8 para o 80 apesar de o meu filhote até não se ter saído nada mal nos intermédios deste ano (9ºano).O meu filho é um bom aluno mas poderia ser melhor se estudasse um pouco mais...é um balda. Todo o tipo de testes fáceis a ele não lhe dão luta e é onde tira as piores notas... quando começou a fazer o intermédio de matemática diz que lhe vieram as lágrimas aos olhos mas depois pois ganhou folego e acabou por tirar 91%.

Anónimo disse...

Enfim.. tendo por base os vários comentários.. e o facto resta-me cocluir que .. aparentemente, a maioria de nós, que de alguma forma "vivenciamos esta prova" não está de acordo com o que foi feito ou com o que se esta a fazer...

Relembro o que digo centenas de vezes... os jovens são aquilo que fazemos deles, se fazemos bom temos bom, se fazemos mau, temos mau... não coloquemos a culpa de uma geração de fracassados, a nossa, na cabeça de quem "ainda agora nasceu"...

Anónimo disse...

Felizmente, consegui obter 92%, porém considerei-o complexo, a preocupaçao agora é com o exame nacional que deve seguir a mesma linha :s

Anónimo disse...

O Teste era dificíl, isso sim... mas não era nada de impossivel. Através dos conhecimentos dos alunos de 9ºano era possivel chegar a todas as respostas, so era preciso concentraçao e inteligencia...
Eu tirei 73 mas tenho consciencia que poderia ter tirado muito mais

Anónimo disse...

Sou uma aluna de 5, com média de 100% e concordo plenamente no que diz respeito a este comentário, visto que o grau de dificuldade do teste intermédio aumentou de 8 para 80 relativamente a anos anteriores.
Há escolas em que as melhores turmas tiveram três positivas e não considero que esses alunos sejam todos assim tão burros! Eu falo, por mim, tive 90% e considerei o teste dificílimo!

Anónimo disse...

NO teste intermedio do ano passado tive 99%, neste 93%, mas o teste era dificilimo. O que esperar do exame final?

Miguel Neves disse...

Peço desculpa mas não concordo, todos os temas abordados no teste são temas dados em aula, nada do que aparece no teste é desprepositado embora tenha algumas duvidas na sequencia quanto a isso. Na minha escola (é particular) o professor usou alguns exercícios deste teste como o 6. Realmente não era uma pergunta fácil no minimo 80% das pessoas acertaram, pelo que eu questionaria antes os professores e não o teste em si. A Lei de La Place aparece em todos os livros de matematica do 9º ano que conheço. A unica pergunta que pode ser em causa é a sequencia.

Raquel disse...

Depois deste teste intermédio tão difícil considero o exame demasiado fácil e deixo aqui para os mais curiosos as soluções:

1.1 30%
1.2 1/3
2. 30
3. ]-1;2]
4. O oitavo termo é [36,44].
5. 1/k
6. x<-2
7.1. Representa a área da parte a relvado.
7.2. Ponto G.
8. C.S.= {-1,2}
9. C.S.= {(1,-3)}
10. As variáveis x e y são inversamente proporcionais com constante de proporcionalidade k.
11. 16
12.1 a=raíz cúbica de 15
12.2 p.e. a recta HI
13.1 BC=24
13.2 arco PCQ= 106º
13.3 cosACB= BC/AC
14. Planificação C.

The One disse...

A culpa não é só de um dos lados (alunos e encarregados de educação, professores, ministério), é na verdade uma culpa partilhada e mal assumida. Do ministério (não importa a cor política) pelo facilitismo com vista a gerar estatísticas bonitas. Por parte dos alunos e respectivos enc. de educação porque quando um professor tenta mudar um pouco a linha de ensino, com abordagens mais elaboradas e estimuladoras de um raciocínio independente juntam-se numa comissão para reclamar que têm, por isso, notas inferiores e que estão em desigualdade em relação aos colegas. Finalmente, os professores porque não têm a coragem e a vontade de assumir, eles mesmos, a mudança e acomodam-se, também eles, a um sistema viciado. Eu gostei do TI. Não que esteja totalmente adequado, mas tinha questões curiosas, que punham os alunos a pensar. E aí é que está o problema, pensar custa porque não o fazem muitas vezes... Não que não queiram (bom, alguns não querem mesmo, conheço alguns...) mas porque não precisam

Anónimo disse...

Eu sou aluno do 9º ano de escolaridade e realizei este teste intermédio tão controverso, no presente ano letivo. Em primeiro lugar, não acho que o exame testasse competências de grau superior ao 9º ano. Acho que era um TI que exigia concentração e muito raciocínio lógico-dedutivo. De facto, considero que pela primeira vez, foram testados os conhecimentos a um aluno de 9º ano.
p.s.tive 95% neste TI

hfygf disse...

Fraca juventude que acha normal (pq é inteligente) deixar para trás 65% dos colegas, cuja média de resultados é de 31%;

"De facto, considero que pela primeira vez, foram testados os conhecimentos a um aluno de 9º ano. "

È triste ler isto, porque se calhar se formos ver as tuas competencias numa área que não tenhas jeitinho nenhum, se calhar ficarias triste ao ler este tipo de comentários

Parabens pela nota, fico contente que haja pessoas de excelencia, que é o que nós precisamos, mas tambem precisamos por exemplo de padeiros (come-se pão todos os dias, por enquanto) e se calhar não precisamos de padeiros excelentes a matemática, mas sim excelntes a fazer a pão e com capacidade de invar ao nivel mecânico das padarias, e se te puserem um bocado de massa para fazer pão, se calhar ficas a olhar para aquilo sem saberes o que fazer.

(lembrei-me dos padeiros, como me poderia lembrar de outras profissoes de produção de bens transacionáveis, que será sempre a saida da nossa crise)
Não digo a nota do meu filho,mas foi superior á média

David Andrade disse...

Obrigado por ter recomendado tal site. Por mera coincidência, já me inscrevi no Projecto Delfos. Irei participar, se tudo correr bem, no próximo ano letivo. Em relação ao teste intermédio, creio que este foi o primeiro ano em que se dificultou o teste. Na minha opinião, esse acréscimo de dificuldade é bom no sentido que distingue alunos que utilizam todos os conhecimentos que sabem num dado exercício do que daqueles que "apenas decoraram processos de resolução". Nos anos anteriores, para mim, tínhamos que saber (decorar, resolver equação, analisar gráfico e tabela e pouco mais). Este ano é que se mostrou a boa utilização de conhecimentos matemáticos. A meu ver, o próximo passo deverá proibir a utilização de calculadoras nas provas do 6º, 8º e 9º. Tenho colegas da minha turma que não sabem resolver contas de dividir. Têm a obrigação de pegar na calculadora. Espero bem que os alunos que estão presentemente no 1º ciclo do Ensino Básico decorem como resolver contas de somar, subtrair, multiplicar e dividir, pois elas estão na base do nosso dia a dia. Para finalizar, e para certamente corrigir o que muitos pensam, eu não frequento uma escola privada (ou colégio), eu frequento uma escola pública, tal e qual como as outras. Sei que é natural esta confusão, pois é normalmente nos colégios que encontramos os alunos que têm boa preparação para as olimpíadas. Estou muito desiludido com certos comentários que as pessoas enunciaram, pois eu consegui resolver o teste facilmente, mas isso não quer dizer que não sou humilde. Sei que a probabilidade é demasiado baixa, mas pode acontecer que eu não consiga resolver bem a prova do próximo ano (um dos motivos poderá ser os nervos). Podemos estar num dia mau. Espero que isso não aconteça a ninguém.

David Andrade disse...

hfygf, finalmente entendi o seu raciocínio (incorreto)

Você está a considerar o termo cuja ordem é igual à soma dos cem primeiros números naturais. Obviamente, a sua resposta estaria correta. Mas você tem que considerar o termo cujo o número de círculos presentes seja igual à soma dos cem primeiros números naturais (se souber vocábulos acerca de sequências, ótimo, mas "termo" é um dos "elementos" presentes numa sequência)

ex: Considere a sequência 1 1 2 3 5 8 13 21...

13 é um termo da sequência. O termo de ordem 7 é 13.

O seu erro foi comais ou menos o seguinte (imagine que este exercício era o 4 do TI)

Mencione a paridade do termo 8.

Você acharia o termo de ordem 8 (21) e dizia ímpar. Errado!

A resposta é par! 8 é par! Estamos a pedir para referir a paridade do termo 8.

Naquele exercício, pedia-se para calcular o número de círculos pretos do termo 5050 e NÃO para calcular o número de círculos pretos do termo de ordem 5050.

Entendeu? Sei que pode parecer estranho, mas a matemática é assim.